Sou advogada, mãe e tenho um vínculo muito forte com a minha família. Me formei no ano de 2010 e estive muito tempo afastada do Direito. Apesar de ter orgulho da minha profissão, advogar não era algo que me motivava.
Optei por trabalhar em áreas mais voltadas a atividades administrativas, passei em concursos, assumi cargo, mas ainda assim parecia que não havia me encontrado profissionalmente. Chegou um dia que parei e defini que traçaria metas para me reencontrar comigo mesma e dentre elas estava focar novamente na minha profissão e descobrir uma área que me interessasse, foi quando optei por me especializar em Direito de Família, como não tinha pensado nisso antes? Era tão óbvio que eu poderia me realizar estudando um tema que está vinculado ao que tem mais valor na minha vida: Família. E, efetivamente, me encontrei!
Ao participar de seminários da área, conheci o Direito Sistêmico, as práticas sistêmicas, as constelações Familiares, assim como as práticas colaborativas, a mediação, então me apaixonei!! Era esse Direito que eu queria e quero para a minha vida, um direito mais humanizado, que presta atenção no cliente, que mostra que o cliente é capaz de assumir as suas próprias decisões, que procura resolver os conflitos ao invés de estimular o litígio, que preserva os valores da Família, que entende hierarquia, que expõe que a lealdade à família não significa perder a identidade, que não temos que necessariamente seguir determinados padrões para pertencer a um grupo, o que ocorre muito em razão dos vínculos familiares (lealdade), que mostra que somos responsáveis pelas nossas decisões, que estar ao lado do cliente como advogado não significa trazer para si os seus problemas.
Como mãe, mais do que nunca, hoje vejo a necessidade de preservar e tentar estimular essas práticas de um direito mais humanizado, e tratando-se de relações que envolvem filhos, é essencial tentar manter uma relação harmoniosa, de respeito mútuo entre aqueles que compõem a relação (as partes), afinal, é um vínculo que permanece pelo elo em comum, afinal, filhos são metade pai, e metade mãe, é unicidade, e são uma escolha que quem a fez deve assumir a responsabilidade e acolhê-la. O estudo do Direito Sistêmico me trouxe esse entendimento inclusive para a minha vida pessoal e posso dizer, com todas as letras, é tão melhor viver sem alimentar litígios, ainda mais quando falamos em família, e especialmente quando há filhos, quem mais se beneficia são eles e isso reflete na nossa vida também.
No entanto, sei que esse entendimento não é pacífico, que o Direito Sistêmico ainda não é uma regra, mas o que importa é acolhermos nossos clientes, pensamentos divergentes dos colegas de profissão, e o Judiciário e tentar fazer a minha parte para que mesmo se a opção ainda for recorrer a esfera judicial, que seja feito da forma mais consciente pelo cliente e que lhe traga um resultado que não alimente mais litígio, para o seu bem e de todas as partes envolvidas.
Tenho muita gratidão por ter tido a oportunidade de estar me envolvendo com as práticas sistêmicas e participar da Mentoria em Práticas Sistêmicas na Advocacia, tem sido um grande aprendizado e a descoberta de uma nova paixão!
Fernanda Elisa de Borba é advogada familiarista em Porto Alegre - RS
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1. O pensamento sistêmico
1.1 Esculturas familiares de Virginia Satir
1.2 Psicodrama de Levy Moreno
1.3 Ressonância Mórfica de Rupert Sheldrake
2. As leis do amor de Bert Hellinger
2.1 Lei do Pertencimento
2.2 A Lei da Hierarquia
2.3 Lei do Dar e Tomar
3. A advocacia e o Direito Sistêmico
4. As consciências de Freud e Jung
5. As constelações sistêmicas
5.1 Constelação Sistêmica Familiar e Empresarial Fenomenológica
5.2 Constelação Sistêmica Estrutural
6. Pressupostos do atendimento sistêmico
6.1 Pensamento sistêmico
6.2 Presença
6.3 Percepção sistêmica
6.4 Postura sistêmica
6.5 Linguagem sistêmica: frases e perguntas
6.5.1 Frases e perguntas vazias
6.5.2 Frases e perguntas pesadas
6.5.3 Frases e perguntas reveladoras
6.5.4 Frases e perguntas de solução
7. Condições do atendimento sistêmico
7.1 Local do atendimento: ambiente seguro
7.2 Ficha do cliente
7.3 Diálogo preparatório
7.4 Contrato de honorários: equilíbrio de troca
8. Recursos e intervenções
8.1 Respiração
8.2 Sentimentos
8.3 Sintomas ou Sinais
8.4 Imagem inicial do tema ou do conflito
8.5 Pergunta milagre
8.6 Perguntas por exceção
8.7 Perguntas de escala
8.8 Exercício “Bem-vindo, sintoma”
8.9 Mão cataléptica
8.10 Resolução de contexto
8.11 Frases de intervenção
8.12 Constelação dos dois mundos
8.13 Ferramenta do relógio
9. Conclusão do atendimento sistêmico
9.1 Atividades pós-atendimento
10. Formatos específicos possíveis
10.1 Constelação individual
10.2 Constelação da solução milagre
10.3 Constelação dos nove quadrados
10.4 Constelação do dilema e do Tetralema
10.5 Constelação das Quatro Casas de Mudança (C. Janssen)
11. A Advocacia e as Práticas Sistêmicas: especialidade ou outra atividade?
12. Casos práticos
12.1 Dissolução de vínculo conjugal
12.2 Pedido de demissão
12.3 Venda de imóvel em condomínio
12.4 Vínculos Interrompidos
12.5 Relacionamento de Casal
12.6 Consultoria Jurídica sobre empresa e locação
Primeiramente, antes de falar desta obra tão essencial aos profissionais do Direito, quero agradecer a querida Bianca Pizzatto Carvalho, por estar a serviço de nossos sistemas, e por me fazer tão honroso convite para escrever este prefácio. Sinto-me grata por fazer parte de uma obra que alcança não somente os profissionais, mas seus corações.
Atualmente, muitos profissionais, que se viam distanciados daquilo que é a essência do Direito, e já descontentes e desmotivados com a postura ganha-perde, clientes insatisfeitos, judiciário abarrotado, depararam-se com um novo paradigma do Direito – o pensamento Sistêmico e as Constelações Familiares.
Com esta nova abordagem, muitos começaram a voltar para a profissão, agora sentindo-se pertencentes, no seu lugar e encontrando equilíbrio na vida pessoal, profissional e nas relações.
Surge uma nova visão de mundo mais ampliada, com mais respeito pelos clientes e seus sistemas. Uma nova atitude profissional que une a postura e pensamento sistêmicos com o Direito. Clientes e profissionais assumem suas responsabilidades, sem carregar pesos uns dos outros, e cocriam uma boa solução que atenda às necessidades internas e mais profundas do cliente.
O advogado facilita o processo de consciência de projeções, padrões e crenças que podem estar impedindo o fluxo da melhor solução para o cliente.
Neste livro, a amiga e advogada Bianca, numa atitude corajosa, traz de forma leve, simples e prática suas experiências e abordagens utilizadas no dia a dia profissional, facilitando o entendimento sobre as práticas sistêmicas na Advocacia e no Direito.
Nestas páginas, senti-me caminhando pela minha própria história, quando estava em busca de algo maior que me motivasse a continuar nesta empreitada, até me deparar com as práticas sistêmicas.
Aqui poderão refletir sobre o seu papel profissional e de ser humano, além de encontrar ferramentas simples e de real aplicação, testadas durantes anos de trabalho e de estudo.
Neste livro, de forma cuidadosamente amorosa, a querida autora nos conduz ao autoconhecimento, à compreensão dos princípios sistêmicos, ao entendimento de contextos e relações para, depois, aplicar a técnica.
Acredito que vocês, queridos leitores, sairão satisfeitos desta experiência inovadora e encontrarão uma nova forma de pensar, sentir e agir que lhes trará resultados além da profissão, serão para sua vida e em prol da vida.
Um livro para profissionais que estão em busca de um novo sentido. E talvez seu sistema o tenha conduzido até aqui!
Seja bem-vindo! Gratidão.
Fabiana Quezada